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segunda-feira, janeiro 20, 2014

Sobre A Fragmentação Da Esquerda, Alternativa ou Barbárie

Não somos nós que inventamos, são números oficiais que nos mostram que um quarto da população portuguesa está em estado de pobreza e que trezentos mil portugueses da população activa não têm trabalho, não virão a ter, não têm subsídio de desemprego ou não virão a ter. O que é que lhes querem fazer? Exterminá-los? Pô-los em fila à porta das instituições de solidariedade? No fundo fazem sentir-lhes que são inúteis, tal como os reformados. Se não existissem era melhor. Na prática, procedem como se eles estivessem a mais na vida. Ou acham que eles podem ser todos “empreendedores” e “subir por mérito”? Ou então que têm todos um QI baixo como disse a 27 de Novembro o Presidente da Câmara de Londres? Estamos num alto (será o máximo?) do desprezo da direita pelos seres humanos.
 
O momento é de urgência. Por isso a esquerda tem que se deixar de eleitoralismos, de protagonismos, de clubismos identitários. Tem que engolir elefantes ou mesmo dinossauros. O povo cujo coração bate à esquerda, como é próprio dos corações, é muito mais amplo do que as direções (estimáveis) do B.E., do Livre, do PC, do PS e dos interesses individuais e ou coletivos. Quando o grupo ad-hoc que promoveu o Manifesto 3D se formou, e depois cresceu para cinco mil, foi exatamente para unir a Esquerda correspondente ao povo da esquerda, não foi para sermos o “rés-do-chão esquerdo” ou o “oitavo esquerdo”. Para nós, que já tivemos tantas vidas seria mais cómodo ficar a ver a banda passar.
 
A alternativa tem que passar por uma grande volta! E ou a esquerda dá essa volta ou vamos caminhando para a barbárie.
 
Por Isabel do Carmo
 

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