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domingo, agosto 01, 2010

Sexo Ministerialmente Contaminado



Os critérios de selecção humanóide que permitem o Ministério da Saúde definir quem pode dar sangue em Portugal, assentam no mais puro preconceito homofóbico e não têm qualquer base de sustentação científica. A exclusão de homens, homossexuais e bissexuais, da lista de potenciais dadores, é um acto da mais pura discriminação sexual, evidenciando uma clara ignorância científica e uma enorme baralhação entre a noção de "grupos de risco" (ideia cientificamente rejeitada pela maior parte da comunidade científica internacional) e o conceito de práticas de risco. A ideia de questionar os dadores de sangue quanto às suas orientações sexuais, para além de eivada de discriminação sexual, roça o total absurdo, pois no limite, qualquer dia, estaremos a querer saber se o "utente" tem preferências por "cima" ou por "baixo"; se é "activo" ou "passivo"; se gosta "por trás" ou "de lado" e se já alguma vez foi infiel ao companheiro ou à companheira lá de casa. Façam-se testes a todos os dadores sem qualquer tipo de discriminação e resolve-se a situação da prevenção face ao risco de contágio. O resto está muito bem esclarecido no comunicado da ILGA a ler em baixo.

1 comentário:

  1. Sabes, João?!!!
    Isto é tão deplorável e humilhante que eu, enquanto portuguesa, até sinto vergonha...
    Qual a diferença entre estes atentados aos direitos individuais e a repressão que a polícia francesa, xenófoba e nazi desencadeou contra os imigrantes que pacificamente se manifestavam contra as novas leis de imigração francesas?
    NENHUMA... mesmo nenhuma. Apenas ums mais subtis que os outros.
    E para que não se esqueça... A França tem um "mandante" absolutamente identificado com a DIREITA que, em tempos bem próximos, fez desencadear em várias cidades francesas a maior onda de protestos... desde Maio de 68.
    Enquanto portuguesa, João, sinto-me humilhada pelas decisões políticas dos nossos governantes.

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