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segunda-feira, março 16, 2009

A Crise: Essa Coisa Lá do Estrangeiro

Li no jornal O Louletano de 16 de Março de 2009 que,

O Bloco de Esquerda, e bem, representado pelo deputado Carlos Martins, recomendou na última Assembleia Municipal de Loulé, a constituição de um gabinete anti-crise no concelho de Loulé como forma de apoiar as empresas em dificuldades, as famílias endividadas, as situações de desemprego, de pobreza e de exclusão social. Apelou, ainda, a uma maior participação da autarquia, em conjunto com as IPSS's, no apoio aos mais carenciados.

E o que respondeu Seruca Emídio, presidente da Câmara Municipal de Loulé?

"Não há gabinetes de crise em lado nenhum, são situações que podem ser pontuais. A acção social da Câmara, a ajuda das instituições e as Juntas de Freguesia têm dado uma resposta positiva nessa área."

E pasme-se, disse ainda o grande líder do nosso pequeno Reino de Taifa:

"Para a Câmara não é benéfico, não é boa imagem e não é o timing certo. A Câmara está a dar uma boa resposta nessa área."

Segundo o jornal O Louletano as grandes preocupações do executivo de Seruca Emídio assentam "nas grandes obras no concelho e na criação de postos de trabalho".

E pasme-se novamente:

Disse ainda Seruca Emídio, "Estamos em sintonia com os planos de acção do governo. Temos grandes obras. O concelho vai mexendo e não é um dos mais afectados pela crise. Estamos a dar resposta na área social.

É caso para dizer, perdoem-lhes que não sabem o que dizem, e portanto, também o que fazem. A crise afinal mora ao lado de Loulé. É triste os nossos políticos locais ainda não se terem apercebido da torrente que por cá vai passar. A proposta do BE foi chumbada, com 19 votos contra, 1 voto a favor e 10 abstenções.

Para os burgueses bem instalados na sociedade da corte, da "esquerda moderna" à direita conservadora, a "crise", é coisa que não existe. Para os pobres, os remediados e para as classes médias baixas vêm aí a caminho as passinhas do Algarve.

Mais uma vez, triste PS local, que não sabe de que lado deve estar, se do lado dos burgueses bem instalados na vida, se ao lado das populações mais pobres e desfavorecidas do mundo social.

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