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quarta-feira, março 18, 2009

Crise e Desemprego na Região do Algarve

Para o PSD e o PS Loulé parece que esta realidade é uma fantasia... a crise é lá fora, lá longe, no estrangeiro. Reconhecer a crise dá "má imagem" segundo Seruca Emídio e o PS fez uma votação "envergonhada" da proposta do Bloco de Esquerda de combate à crise. Psssssttt...falem baixinho, não escrevam, não digam crise...isso deixa-nos mal na fotografia...dá má imagem do concelho...e a imagem, é mesmo, aquilo que conta. Pobre pequena burguesia de província.

Aqui em baixo, a evolução dos números do desemprego no Algarve;

"O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) ultrapassou os 19,7 mil, no mês de Janeiro, no Algarve, e a região está perto de igualar e até ultrapassar a pior situação, ao nível de desemprego, vivida desde 1990.
Em 1997, o número de desempregados ultrapassou oficialmente a fasquia das 20 mil pessoas e tudo indica que desta vez será pior.Os números oficiais do IEFP de desemprego em Portugal, divulgados na passada segunda-feira, foram o tema central do programa radiofónico «Impressões» desta semana, cujo convidado foi o coordenador da União de Sindicatos do Algarve (USAlg) António Goulart. A entrevista, feita em parceria pelo «barlavento» e Rádio Universitária do Algarve RUA FM, foi para o ar, originalmente, ontem e pode voltar a ser ouvida na íntegra amanhã, sábado, às 12 horas, em 102.7 FM. Cerca de duas semanas depois de ter vindo a público avisar que a situação do desemprego podia atingir níveis preocupantes e ultrapassar a fasquia dos 19 mil, no primeiro mês de 2009, a USAlg vê as suas previsões confirmadas oficialmente. Para António Goulart, urge cada vez mais tomar medidas para atenuar este fenómeno.«No que se refere ao Algarve, o desemprego em Janeiro cresceu 30,8 por cento em relação ao mesmo mês do ano anterior», ilustrou o sindicalista. Já em termos nacionais, a diferença fica pelos «12,1 por cento». «Ou seja, na região o desemprego está a crescer quase três vezes mais rápido que no resto do país», disse.«Aquilo que nós temos dito nos últimos 15 dias é que é urgente que o Governo tenha a percepção de que, se não for travado este fenómeno no Algarve, podemos arriscar-nos a enfrentar uma grave crise económica e social na região», considerou. Para António Goulart, «não basta culpar a crise internacional», pois há «outras questões que influenciam a situação que se vive na região». «O Governo, nos últimos quatro anos, foi esquecendo aquilo que é o tecido económico real, que são as micro, pequenas e médias empresas. Teve uma acção política e medidas quase que obsessivas para os grandes grupos económicos, em detrimento daquilo que é a base real da economia nacional e regional. O resultado está à vista», considerou. A própria organização económica da região, que depende quase exclusivamente do turismo, é outro dos males apontados pelo sindicalista. A situação actual «é difícil e complexa», mas não desesperada, já que «com uma intervenção correcta por parte do Governo, pode-se evitar o crescimento do desemprego». «O Governo tem anunciado medidas a nível nacional, mas não tem mostrado que está atento ou particularmente sensível ao que se passa no Algarve», referiu.Por já ter «perspectivado esta situação», António Goulart tem sugestões bem estudadas. «Exigimos uma mudança de atitude por parte do Governo, de modo a que, perante a situação que se vive na região, seja capaz de vir para o terreno e definir um conjunto de medidas de curto prazo para combater o desemprego no Algarve», disse. A USAlg defende que há que aproveitar os investimentos públicos anunciados para a região para tentar combater o fenómeno do desemprego. «É necessário articular todos estes projectos e dar-lhe uma visão integrada, para ver o que se pode daqui extrair em termos de criação de emprego. Estes projectos, tal como foram definidos, tocam poucas empresas regionais, mas se houver intervenção política do Governo, isto pode mudar», considerou. Um apoio às empresas que estão a atravessar dificuldades, já que considera as medidas actuais dirigidas exclusivamente a «empresas que estão bem de saúde», é outra das propostas. "


in http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=30946

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