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segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Protocolo de Quioto Faz Hoje Quatro Anos

O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciados com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992).

Constitui-se no protocolo um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causas antropogênicas do aquecimento global.
Discutido e negociado em
Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março de 1999. Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55% dos países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros (principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).
As metas de redução não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.

A redução dessas emissões deverá acontecer em várias atividades económicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:

- Reformar os sectores de energia e transportes;
- Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
- Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
- Limitar as emissões de
metano na gestão de resíduos e dos sistemas energéticos;
- Proteger florestas e outros sumidouros de
carbono.

Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8°C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto

A nova administração Americana de Barack Obama trouxe consigo elevadas expectativas em relação a futuros desenvolvimentos positivos das metas traçadas em Quioto. A actual crise económica de escala planetária é uma sombra que paira sobre as prioridades a dar às grandes questões ambientais. A falácia da escolha entre economia e ambiente não passa disso mesmo, uma falácia. Toda a economia que não é ecologicamente sustentável, a médio, longo prazo, não será uma economia sustentável.

1 comentário:

  1. É isso mesmo João. Atendendo ao grau de desenvolvimento económico presente (retirando por agora a dita crise), daqui a algumas décadas em vez de um planeta necessitaremos de dois planetas Terra para continuar a manter essa cadência devoradora que temos vindo a verificar! É impossível a sustentabilidade do planeta a curto prazo sem uma economia realista e acima de tudo sustentável!

    Abraço

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