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segunda-feira, maio 12, 2008

Tragédias da época em que vivi: Rwanda 1994

O Genocídio silenciado



Abril de 2004. Prestes a fazer vinte e quatro anos de idade. Entre o melhor da juventude e o início da vida adulta, na altura estudante universitário, numa das mais belas cidades alentejanas, assisto pelos ecrãs televisivos a uma das maiores tragédias da história do final do século XX.

Hutus e Tutsis entram num dos maiores conflitos "étnicos" que a humanidade conheceu. Em cem dias os Hutus dizimam a quase totalidade da "étnia" Tutsi.

As forças de paz da ONU, estacionadas no país, recebem ordens de retirada e de evacuação da população branca estrangeira. Sabe-se hoje, que o governo Francês e o governo Belga, tinham informações sobre o massacre que se iria realizar. As populações Tutsis imploraram aos capacetes azuis para não sairem do país, pois sabiam o que lhes estava destinado. Morreram perto de oitocentos mil Rwandeses naquele que foi um dos maiores genocídios da História da Humanidade.

Mais uma vez o Mundo "Ocidental" fechou cobardemente os olhos às necessidades dos pobres povos do dito Terceiro Mundo. Nunca até aí, tinha eu pensado, que tamanha barbaridade ainda seria possível em finais do séc. XX.

Ao fim de cem dias poucos eram os Tutsis que restavam. O objectivo era acabar com a "espécie" para que esta não se reproduzisse.

Aqui fica a minha homenagem às vitímas de um massacre horrendo que a Humanidade nunca deverá esqueçer.



Boa semana.

1 comentário:

  1. João Martins: aconteceu, está a acontecer e continuará a acontecer. A actual sociedade só visa o lucro. Até o Estado tem estado a abandonar o seu papel social. Começo a ficar descrente...
    Como é possível o Homem, um ser inteligente, contribuir para a destruição de outros seres e, em termos futuros, a destruição dele próprio? O caso das árvores...está provado que as árvores dão-se bem com o carbono. É uma fonte de "alimento" para elas. Logo, absorvem o carbono das cidades que é nocivo para o homem. E o que acontece? Cada dia que passa, na ânsia do lucro, cada dia mais árvores são abatidas. Na cidade para dar lugar ao cimento. Nas florestas com fins meramente comerciais. Onde vamos parar?

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