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domingo, maio 04, 2008

Retratos da cidade: Para mais tarde recordar

Avenida José da Costa Mealha - 30 de Abril de 2008


Avenida José da Costa Mealha - 30 de Abril de 2008


Avenida José da Costa Mealha - 1 de Maio de 2008


Requiem pelas árvores da cidade

Velha, incómoda e pronta a abater
Sem eira nem beira, perdida
De nada serve ter alma e doer
A fúria dos homens levará de vencida
A seiva que escorre até morrer

Outras virão, ao fim de outras vidas
Menos verdes, mas com certeza, preferidas
Iluminadas, luzidias, descaídas
sem vida, lembrando a morte, descoloridas

Far-se-á luz em horas nocturnas
Cães e mosquitos sairão ao luar
Calores solares em horas diurnas
Nunca mais, verde, será a cor do ar

Indiferentes, as damas, as formas balanceiam
Senhores de si, homens de nariz empinado
Todos, pela luz do sol, se encandeiam
Tudo o que resta, é desterrado
As arvores, essas, cortadas em fatias
Jamais ficarão ao nosso lado.

Autoria: João Martins

3 comentários:

  1. "As árvores, essas, cortadas em fatias
    Jamais ficarão ao nosso lado".

    É bem verdade, João.

    Obrigado pelas palavras na "Sombra Verde"; o meu blogue é construído com muita informação que é enviada por leitores e eles têm, como é óbvio, grande parte do mérito do que aí é publicado.

    Em relação a Loulé atrevo-me a deixar, modestamente, uma sugestão: porque não trazerem a luta para a "rua"? A petição que foi iniciada não teria outro impacto (e mais assinaturas) se se fizesse uma pequena "acção de rua" na própria avenida? E porque não arranjar uma "banca" com alguns voluntários para recolha de assinaturas das pessoas que circulam pela avenida?

    Um abraço e parabéns por não desistirem...

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  2. Que belo poema ecológico. Não o sabia poeta João. Vamo-nos descobrindo em cada dia. Palma

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  3. Afinal não tinha reparado num outro anterior " Maduras aguardam a hora"
    E a hora chegou. Os nossos jornais não disseram nada ou disseram ? Palma

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